sábado, 4 de maio de 2013



O papel do professor


O papel e a atuação do professor já não é há muito tempo a mesma do passado. Antes ele detinha “todo” conhecimento e depositava nos seus alunos aquilo que havia estudado. Porém, esse estudo era normalmente lido e repassado para eles sem reflexão ou visão crítica dos conteúdos.
Hoje, felizmente, podemos e devemos ensinar nossos alunos a pensar, a questionar e a aprender a ler a nossa realidade, para que possam construir opiniões próprias.
Para que isto ocorra o professor deve, em primeiro lugar, gostar e acreditar naquilo que faz, ou seja, através de seus atos e ações ele servirá de modelo para seus alunos; se ele ensina a refletir ele deve também refletir, se ele ensina a respeitar o próximo ele deve respeitar seus alunos e assim por diante. Deste modo ele está sendo uma prova viva daquilo que está ensinando, pois bem a sua frente existem seres humanos que estão sendo moldados por ele.
O aluno é como se fosse um solo fértil , onde o professor semeia suas melhores sementes para que se produzam belos frutos. A relação professor/aluno deve ser cultivada a cada dia, pois um depende do outro e assim os dois crescem e caminham juntos. E é nessa relação madura que o professor deve ensinar que a aprendizagem não ocorre somente em sala de aula. Se estivermos atentos aprendemos a todo momento e não só na escola com o professor. Assim, o aluno irá desenvolver um espírito pesquisador e interessado pelas coisas que existem; ele desenvolverá uma necessidade por aprender, tornando-se  um ser questionador e crítico da realidade que o circunda. Como diz o filósofo: “O verdadeiro objetivo da Educação não é meramente prover informação, mas o estímulo de uma consciência interna” (Al- Ghazali).


A questão do tempo
O vestibulando chega correndo ao local da prova, mas o portão se fecha à sua frente. Ele senta e desaba. Tanto esforço. Tanta preparação. Tanto estudo. Tudo perdido por um atraso mínimo de segundos.
O pedestre observa o sinal vermelho, mas decide atravessar correndo porque está atrasado para um compromisso. Freada brusca. Susto. Talvez ferimentos graves. Tudo por questão de um segundo de precipitação.
O funcionário chega correndo, esbaforido, bate o cartão e vai para seu local de trabalho.
Ali, precisa de alguns minutos para se recompuser. Subiu as escadas correndo, porque os elevadores estavam lotados e ele não desejava se atrasar, a fim de não ter descontados valores ao final do mês em seu salário.
Desculpas se sucedem a desculpas. Não deu tempo. Não foi possível chegar. Perdi o ônibus. O trânsito estava terrível na hora em que saí. Tempo é nossa oportunidade de realização, que devemos aproveitar com empenho.
A nossa incapacidade de planejar o tempo provoca a desarmonia e toda a série de contratempos.
O tempo pode ser comparado a uma moeda. Se tomarmos de uma porção de ouro e cunharmos uma moeda, poderemos lhe dar o valor de um real.
Este será o valor inscrito, mas o valor verdadeiro será muito maior, representado pela quantidade do precioso metal que utilizamos.
As moedas do tempo têm uma cunhagem geral, que é igual para todos: um segundo, um mês, um ano, um século. Mas o valor real dependerá do material com que cunhamos o nosso tempo, isto é, o que fazemos dele. Para um correto aproveitamento desse tesouro que é o tempo, é preciso disciplina.
Para evitar correria, levantemos um pouco mais cedo. Preparemo-nos de forma mais rápida, sem tanta "enrolação".
Deixemos, desde a véspera, o que necessitaremos para sair, mais ou menos à mão, evitando desperdícios de minutos a procura disto ou daquilo.
Sabe-se que o trânsito, em determinados horários, está mais congestionado, disciplinemo-nos e nos programemos para sair um pouco antes, com folga.
Esses pequenos cuidados impedirão que percamos compromissos importantes, que tenhamos de ficarem sempre criando desculpas para justificar os nossos atrasos, que tenhamos taquicardia por ansiedade ao ver o relógio dos segundos correr célere, demarcando os minutos e as horas.
Na órbita das nossas vidas, não joguemos fora os tempinhos tantas vezes desprezados.
Aproveitemos para escrever um ligeiro bilhete de carinho a alguém que esteja enfrentando momentos graves. Telefonemos a um familiar ou amigo que não vejamos há muito tempo.
Cuidemos de um vaso de planta. Desenvolvamos ideias felizes para fazer o bem a alguma pessoa que saibamos necessitada.
Valorizemos os minutos para descobrir motivos gloriosos de viver, para aprender a amar a vida e iluminar o nosso caminho.